Atos instintivos me condenam

19/06/2018 14:08

   Eu e meu marido sempre soubemos que o que sustenta uma relação é a confiança e a verdade. Acho que estes dois pilares fizeram com que nosso amor crescesse ao longo do tempo.

   Estamos casados há pouco mais de seis anos e só agora acordei. Descobri que sexo e amor são coisas distintas, atração e desejo sexual acontecem sem qualquer amor. É coisa de carinho, afeto, prazer e muito mais prazer. Depois do prazer não temos qualquer necessidade de estar por perto de seu parceiro de aventura sexual.

   Já sei, os homens sempre souberam disso e muitas mulheres também, mas eu nunca fiz sexo pelo sexo ou pelo prazer. Meu marido é minha alma gêmea. Com ele conheci o sexo ainda na adolescência. Entre as idas e vindas do namoro imaturo cheguei a namorar outro carinha e como sofri, fizemos sexo uma única vez e eu só pensava no Mário todo o tempo. Perdoei todas as besteiras e voltamos para nunca mais brigarmos.

   Tive que deixar meu emprego no Paraná para ir ao Rio de Janeiro para onde Mário, com uma excelente promoção, foi transferido. Virei dona de casa, ou melhor, dondoca, já que uma nova colocação parecia impossível.

   Na verdade Mário estava muito bem na multinacional e eu tinha direito a carro com motorista e passeava todos os dias já que deixava Mário às oito horas e ele nunca teve horário para chegar em casa.

   Roberto passou a ser meu companheiro de passeios. Aos vinte e dois anos, alto, corpo atlético, sempre muito elegante, era agora um contraponto ao Mário que aos 39 anos já não tinha aquela exuberância juvenil.

   Não me entendi quando me vi comparando. Roberto era respeitoso. Conversávamos, ríamos, brincávamos, mas existia uma respeitosa distância. Certamente com trinta e quatro anos eu já não era um alvo de seus desejos. Mas, por que eu estava preocupada com isso?

   Mesmo preocupada com o excesso de sinceridade aproveitei um fim de semana mais longo e comentei na noite de sexta-feira todas as minhas preocupações. Ou melhor, discuti Roberto e o surgimento destes dilemas inéditos.

   Mário rindo disse que tinha remédio para o meu mal: sexo. Admitiu que vinha falhando como marido por conta das exigências profissionais. Sem me dar qualquer tempo, havíamos saído de nossos banhos, ele me atacou dando início as preliminares eficientes como se estivesse com pressa de me dar prazer.

   Depois de tanto tempo juntos sabemos exatamente os pontos, as carícias e os toques que fazem o outro explodir de tesão para alcançar rapidamente os orgasmos. E ele estava me dando um surra. Mas não estava funcionando.

   Estávamos discutindo a presença de outro homem em nossa vida, minha fragilidade e ele fugira do problema para “me curar” com o remédio “sexo”. Talvez por isso eu tenha experimentado um novo aspecto desta relação que já era triangular: a curiosidade comparativa.

   Como? Simples:

- Ele me encheu de beijinhos e me beijo com ferocidade a boca enquanto eu me perguntava como meu corpo reagiria ao Roberto se ele tivesse a mesma iniciativa;

- Mário, começando a alojar seu corpo entre minhas pernas enquanto sugava meu seio direito, acariciava o direito e com a mão livre ia livrando meu corpo de seus poucos panos. Meus seios desejavam experimentar outros lábios, outros toques, comparar agora era fundamental, sei lá porquê;

- Escapando de minha barriga – onde sinto cócegas e me desconcentro - Mário sabe e pula direto, com sua endiabrada língua, para minha vulva. Vou explodir, já estou explodindo de prazer e a presença de Roberto em minha mente que tenho que me controlar para não sussurrar o nome dele, em compensação o orgasmo é muito marcante, muito intenso, gozei com dois homens, meu marido e meu motorista.

   Agarrei a cabeça de meu marido para arrancá-lo dali e ele numa artimanha consegue uma manobra que lhe permite me penetrar profundamente com estocadas violentas. Ouvimos três batidas na porta do quarto. Mário irritado, mas sem arrefecer, atende:

- Diga!

- Doutor? Estou liberado? – Responde Roberto.

   E.. E eu... Eu gozo ouvindo aquela voz máscula. Inexplicavelmente sinto seu perfume, sinto o toque de sua mão na minha bundinha apertando deliciosamente e perco a noção de tudo. Nem sei dizer o que meu marido respondeu. Nem sei dizer com quem eu gozei ao final das contas.

   Passado o prazer intenso, vejo meu marido satisfeito já se arrumando formalmente.

   Não consigo me conter e as lágrimas de arrependimento descem por meu rosto. Sensação estranha, já experimentada na adolescência, mas desta vez muito mais importante e intensa. Lá estava eu, apaixonada por meu marido e psicologicamente gozando com meu motorista.

- Que foi querida? – Me interrompe Mário que não entendera nada. – Não chore, você sabe que tenho que trabalhar mesmo durante feriados. É reunião urgente, mas não deve ser longa.

   Não suporto. Não me calo.

- Não é nada disso, maridinho idiota. Já conversamos e seu remédio falhou. Acabei de gozar com o Roberto ao ouvir a sua voz. Usei você para matar um indesejável e inexplicável desejo, idiota!

- Infelizmente estou de saída. Mas vou resolver tudo isso. Pode ficar tranquila. Pode esperar que você vai ter uma surpresa.

   Ele certamente ainda estava pensando que tudo se resolve com sexo e meus dois homens saíam enquanto eu queimava de raiva de mim mesma e de Mário, o idiota.

   Uma hora depois o carro chega e, mesmo de camisola, desço furiosa. Desta vez Mário teria que me ouvir.

- Roberto, cadê o Mário? – Perguntei revoltada ao não ver meu marido entrar. Onde estaria? Ainda em reunião?

Roberto se aproxima enquanto pega um papel no bolso e estende para mim. É um bilhete. Enquanto leio o bilhete experimento uma explosão inexplicável em meu corpo. Meu rosto ferve com intenso rubor. Meu corpo estremece quase quicando.

“Querida,

Já discutimos mais de uma vez que sexo nada tem com amor. Eu te amo e vou continuar te amando mesmo que você consiga prazer com outro homem.

Já expliquei ao Roberto sobre sua atração e desejo. Saiba que ele – após muito acanhamento – mostrou-se feliz e nem aceitou que eu pagasse.

Divirta-se!”

Fiquei olhando aquele papel sem saber o que fazer. Meu cérebro estava agoniado. Como eu ia acabar com tudo aquilo?

   Roberto - já sem paletó, camisa e sapatos - toma meu corpo com decisão, me abraça, ergue meu corpo com as mãos em minha bundinha, busca minha boca com seus lábios. Estou indecisa. Não posso corresponder. Vou fugir.

   Ainda estou pensando mil coisas quando percebo que estou sendo beijada e estou correspondendo. Foi só parar de pensar por aquele instante para a mulher encrustada, enrustida, sufocada dentro de mim ganhar luz e sair, sedenta, em busca deste novo prazer.

   Ao me entregar sem resistências, sinto explodir em mim uma intensa lubrificação. Um enérgico arrepio toma conta de toda minha pele de forma escandalosa. O grelinho explodindo se expõe inchado e implorando atenção. Os seios, sem qualquer toque, estão intumescidos com os mamilos totalmente contraído numa aureola mínima. Meu corpo parece em convulsão e meus quadris ganham movimentos próprios e sem que eu tenha qualquer controle.

   Escapo do colo de Roberto com meu corpo já praticamente em êxtase e na retomada um dedo escorrega para meu cuzinho. Estou à beira do abismo, estou perdendo minha última racionalidade. Sou só extinto e quando a ponta do dedo do meu macho, autorizado pelo meu marido, começa a molestar meu cuzinho entrando e saindo de dentro de mim; jogo a cabeça para trás e me sentindo uma mundana experimento um orgasmo inimaginável.

   Sem poder dizer como cheguei até meu quarto, sou jogada de bruços na cama, meu corpo é erguido pelas pernas, meu quadril é sustentado por mãos forte e minhas pernas resvalam pelas laterais do corpo de Roberto.

   Vagarosamente, me deixando frenética, sinto minha vagina ser alargada, entupida, arreganhada. Estou me sentindo possuída, tomada, suja, puta, fui entregue por meu marido a um homem que até o momento sem dizer uma só palavra vai me levando ao suplício do anúncio de um novo orgasmo que se avoluma, como dizer, como uma represa que chega ao ponto de rompimento.

   Eu, como a represa, rompi uma longa série de orgasmos incontroláveis. Não comando minhas reações, meus movimentos e meu macho me controla com maestria. Sem parar de gozar, sou jogada para todos os lados, nas mais diversas e imprevistas posições até que ele me solta sobre o corpo dele deitado de costas na cama e com aquele membro que me enlouqueceu totalmente infiltrado nas minhas entranhas e me atiça com suas primeiras palavras:

- Agora, sou seu! Me dê prazer.

   Toda minha experiência me pareceu efêmera diante de tal desafio. Minha energia esvaíra em sucessivos orgasmos, mas eu precisava retribuir tanto prazer. Fui humilde:

- Me ajuda!

   Ele ergueu, com facilidade todo meu corpo com as mãos prendendo minha bundinha e como uma britadeira arrancou gritos que eu nunca me permitira. Eu, como uma mundana, estava puxando meus cabelos, sentindo dor com isso, mas, nesta hora, a dor prolongava o êxtase que antecipava o intenso orgasmo.

   Mas ele não gozou e quando, mis uma vez, a piroca – eu não podia como mundana chamar aquilo por outro nome – escapou ele se preparou e eu percebi que não mais poderia negar meu cuzinho para fazer aquele homem merecidamente gozar. Confesso que em todos os anos com Mário posso contar em uma das mãos as vezes que ele conquistou o que ele chamava de troféu e, agora, o troféu foi invadido pela cabeçorra da piroca e eu estou recebendo todo tipo de carícia e beijos de agradecimento.

   Quase sem perceber – mentira, sentindo cada milímetro – aquela delícia foi me penetrando e eu fui percebendo que pela primeira vez eu ia ter um orgasmo dando o cuzinho. Roberto para tudo, deita e me implora:

- Me engole inteiro.

   Eu sempre fui passiva quando sodomizada e adorando aquele estupro consentido dei minha participação gulosa e logo eu me senti colada ao corpo daquele macho cheiroso e perfeito.

   Recebi um palmada que me fez rebolar um pouco. Com mais uma palmada me incentivando tomei coragem e fui erguendo o corpo. Quando achei que ele ia sair todo voltei a sentar devagar. Ele com palmadas ditava meu ritmo.

   De repente ele ergue o corpo e passa a dar palmadas no meu grelinho com um das mãos e com polegar e indicador da outra esfrega e puxa meu grelinho que vai me enlouquecendo. Estou quicando naquela piroca que esfola meu cuzinho e, sem aviso, um maravilhoso orgasmo anal toma conta de mim e fico totalmente relaxada sobre meu macho Roberto. Ele me ergue e bobeia intensamente e resmunga no meu ouvido:

- Por que seu marido está chorando ali na porta?

   Ver meu marido sorrindo entre lágrimas na porta do quarto me tirou qualquer tino de quem eu era, onde estava. Eu era só prazer. Aquele orgasmo jamais se repetiria ou seria superado. Estava certa disso até que ele anunciou aos berros:

- Vou gozar.

   Imediatamente meu marido se joga na cama e passa a me chupar da forma que me faz gozar de imediato e entre meus dois macho a mundana escandalosa nasceu e pela primeira vez em minha vida me liberei de toda cultura aprisiona em nosso âmago e que é desconhecida até por nós mesmas. Virei mulher.

   Já estou gozando só de contar tudo isso... Quem sabe mais tarde eu conte mais...